O inconfundível sabor artesanal que encanta os prazeres da memória afetiva em São Paulo - Mauá fica por conta do talento da confeiteira Greyce Kelly da Silva Santos.
Com ingredientes de qualidade, aliados ao amor em tudo que é produzido e a busca pelo constante aprendizado, a empreendedora sabe como encantar o paladar com doces artesanais repletos de sabor, tudo segue um caprichoso planejamento.
Amor e perfeccionismo envolvido nos detalhes, a Samlu confeitaria tem na essência o zelo para que os produtos sejam o resultado de boas emoções através das propostas que transmitam aos degustadores o apreço pelo qual tudo foi elaborado.
"Sou casada há 17 anos com o William (39 anos), operador de máquinas. A história da confeitaria na minha vida surge há muitos anos, meu filho Samuel tinha de quatro para cinco anos, morávamos de aluguel, estava desempregada, na época eu era manicure, área bem diferente da confeitaria. Fazia unhas em casa e na casa das clientes, fiz cursos e tenho meus materiais até hoje".
"Um final de semana pedimos um bolo pizza, na propaganda da loja era excelente, de encher os olhos, então compramos. Quando o produto chegou em casa me decepcionei, porque não era nada do que estava na propaganda, então resolvi fazer. Uma massa de pão de ló, com vários sabores, daí nasceu o 'Bolo pizza beijo doce', cada fatia de bolo em um sabor diferente. Abri sociedade com a minha irmã, a Paula, passando o tempo não deu certo a sociedade, comecei a procurar emprego e ela também, então desistimos e fomos trabalhar fora. Muitos e muitos anos se passaram, nesse meio tempo fazia bolos, doces, salgados, mas para nós de casa e familiares".
"Tinha parado, trabalhei em loja, engravidei do Lucas. Fui mandada embora, voltei a fazer unhas, nesse meio tempo minha tia Nazaré que sempre fazia surpresas gostava de reunir a família para fazer alguma coisa, chegou a fazer um um aniversário surpresa para mim com a minha família. Logo depois, o Lucas tinha 1 ano, descobrimos que ela tinha câncer e infelizmente veio a falecer. Com isso, não tínhamos mais quem fizesse os bolos nos aniversário ou surpresas da família, minha mãe vez algumas vezes, se precisar ela faz. Em agosto de 2021 minha mãe falou que gostaria de fazer uma surpresa para o aniversário da minha tia mais velha, Maria Antônia, me comprometi a fazer, só que não sabia confeitar direito, comentei com a minha amiga Tamires que teria que confeitar o bolo, ela então me falou que a comadre dela era confeiteira e poderia me ajudar. Fiz o bolo ficou muito recheado, a Claudemir me ajudou a confeitar. Depois vieram outros aniversários na família, já não tinha ninguém para ajudar, então tive que continuar, eu e Deus".
"A partir desse bolo, tudo começa a mudar, uma das minhas tias me perguntou porque não montava uma loja on-line. Falei que não, que já tinha tentado e não deu certo, desde então ela insistiu muito até eu decidir, tive o incentivo de outras pessoas, da minha mãe, mesmo assim eu lutei contra, não queria, com medo de não dar certo, até porque não sabia confeitar profissionalmente. Como estava desempregada, apesar dos bolos, já estava procurando emprego, somos evangélicos, eu, meu marido e meus filhos. Minha líder, a Rosana, foi nos fazer uma visita, eu tinha feito pão para tomarmos um café da tarde. Ela falou: 'nossa deveria vender, maravilhoso esse pão'. Consegui emprego, já cuidava da filha de uma amiga. A Milena, a mãe dela e a Suzana, pedi para Suzana me arrumar emprego onde ela está trabalhando. Conseguimos a vaga, entrei na empresa, a Milena começou a ficar com a avó dela, e uma sobrinha da Suzana, só que eu não estava feliz. Um dia fui trabalhar e passei mal, aconteceram outras coisas relacionadas a minha saúde que tive que pedir as contas. Voltei a ficar com a Milena para Suzana trabalhar. Antes de passar por esse processo de saúde meu marido tinha visto uns copos da felicidade e falou para eu fazer para ele. Compramos os ingredientes e guardamos, um certo dia queríamos comer um doce, então lembrei e resolvi fazer. Publiquei na internet e as pessoas começaram a perguntar se estávamos vendendo, falei que não e as pessoas queriam comprar, no mesmo instante comecei a fazer e naquela noite vendi seis copos".
"Sempre orando, pedindo para Deus me dar uma solução, uma porta de escape, que ele me mostrasse uma saída para poder ficar em casa com meus filhos, ajudar em casa e trabalhar sem prejudicar minha saúde. Já tinha trabalhado com muitas coisas, em lojas, em casa de família, manicure, cheguei a fazer o curso técnico de enfermagem, tentei a faculdade de Rh. Então decidi abrir a Samlu confeitaria, no começo era Samlu bolos e doces. A demanda era tanta aos finais de semana, fiz um combinado com a Giovana, sobrinha do coração, para ela me ajudar aos finais de semana. Assim comecei, com a cara e a coragem, não tinha nenhum curso de bolos, de confeitaria. Falo que a Samlu é resposta de Deus para minha vida. A Samlu não é minha, é de Deus para mim, o nome da loja é a junção do nome dos meus filhos".
"Deus colocou no meu caminho pessoas para me ajudar que não poderia deixar de citar. A Lílian e a Isabela fazem o marketing, a Juliana me ajuda na parte de planejamento. Sou muito grata a Juliana, ao marido dela, o Bruno, ele comprou copos da felicidade, através daquela compra, tempos depois, conheci a Juliana, que me apresentou a Lílian. Através da Juliana conheci a Ana Paula que faz toda parte de contabilidade e documentação da loja, e através da Lilian conheci a Isabela. No início a minha irmã fazia os posts para mim, as vezes até eu mesmo, agora tenho a Lilian, a Isabela e a Laisa que fazem o marketing da Samlu".
"Hoje o empreendimento passa por um período de recomeço, cheguei a perder o espaço da loja devido outras questões estamos enfrentando um processo na Justiça. Devido essas outras questões e em oração pedi para Deus me enviar pessoas que me ajudassem, então hoje tenho a Viviane como sócia, faz a parte dos salgados. Hoje não tenho a Giovana para estar ajudando aos finais de semana, mas a loja continua funcionando. Já ganhamos uma parte do processo".
"Quando fiquei sem espaço para loja funcionar minha sogra me emprestou a cozinha dela para eu poder trabalhar".
"Atendo com delivery no Ifood diariamente; hoje a menina, mulher que começou e não sabia como confeitar, Deus já deu mais de três cursos. Sempre digo que as vezes você vai ter um bombom para vender, as vezes não vai ter nada, ou ainda vai ter o cardápio inteiro e está tudo bem, o importante é ter persistência, determinação, não desistir, não esperar nada das outras pessoas, porque só você sabe onde quer chegar, só você sabe das suas orações. As vezes encontramos muitos 'nãos' pela frente, até de pessoas que não esperamos, mas até esses 'nãos', fazem parte da história porque daí você pode transformá-los em persistência. Aprender é necessário e o conhecimento não ocupa espaço. Busco sempre me desenvolver, com Deus sempre na frente".
"Sou grata a Neide, por me incentivar, aos meus pastores (pastora Evelyn e pastor Clóvis) pelos ensinamentos, através da vida deles fui atrás do Sebrae, hoje faço parte de um grupo no Whatsapp do Sebrae, sou muito grata aos meus familiares, a Dani, da Arte Ateliê que faz os topos de bolo para loja, aos amigos e clientes por confiarem e acreditarem no nosso trabalho, mas antes de tudo, sou grata a Deus".
A afetiva produção artesanal leva aconchego que envolve os paladares, a Samlu faz de cada dia uma nova página em sua saborosa história de sucesso.
Contatos:
WhatsApp: (11) 96433-1265
Instagram: @confeitariasamlu
Laércio Guidio
Jornalista MTb 54867/SP | Editor
Deborah Veneziano
Web repórter
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Laércio Guidio, jornalista gastronômico e especialista em barismo. Jornalista profissional desde 2009, graduado pela Unoeste e especializado em Texto e Contexto. Com um olhar apurado para narrativa e semiótica, destaca-se no mundo gastronômico, especialmente em cafés especiais do Brasil. Há quase 10 anos, é editor no Portal Proezas, focado em empreendedorismo, gastronomia e cafeterias. Além disso, possui formação como barista pelo Senac e se destaca no design visual, com ênfase na gastronomia.
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