A relação da personal chef Júlia Costa com a cozinha começou muito antes de qualquer formação profissional. Ainda criança, em Patos de Minas, ela observava o pai, grande entusiasta dos fogões, preparar refeições apenas pelo prazer de cozinhar. O trabalho da mãe na confeitaria também acabou aproximando-a ainda mais desse universo. “Eu ajudava minha mãe em tudo. Foi ali que o gosto pela gastronomia começou a crescer”, relembra. Aos 14 anos, movida pela curiosidade e pelo perfeccionismo que a acompanha até hoje, decidiu enfrentar um desafio ousado: fazer macarons. Sem acesso fácil a técnicas, vídeos ou ingredientes, comuns atualmente nas redes, recorreu a livros e contou com a ajuda de uma prima que trouxe farinha de amêndoas de Belo Horizonte. Estudou por dias e, mesmo sem forno elétrico, produziu doces que surpreenderam. “Minha mãe disse que ficaram perfeitos. Ali eu vi a magia da cozinha.” Apesar da paixão evidente, a família paterna insistia no caminho tradicional. Júlia chegou a passar em engenharia química, mas não hesitou em ouvir o próprio coração. “Falei pra minha mãe: quero gastronomia.” Em Belo Horizonte, viveu anos decisivos. Formou-se, estagiou no melhor restaurante francês da cidade e trabalhou com nomes como Diego Lozano e Alex Atala. Guarda, com carinho especial, o aprendizado no Sapore d’Italia, comandado pelo chef Gabriel, seu “mentor profissional”. O retorno inesperado a Patos de Minas aconteceu após um acidente no fim de 2019. Em recuperação durante o início da pandemia, precisou reorganizar a vida e a carreira. Trabalhou em restaurantes locais até criar sua própria empresa, passo que abriu um novo capítulo. Hoje, como personal chef, Júlia experimenta uma outra forma de cozinhar, mais íntima e acolhedora. O contato direto com cada cliente permite compreender desejos, rotinas e necessidades específicas. Seu trabalho leva sua assinatura e carrega um propósito claro: “Facilite sua rotina: comer bem é simples.”  Ela cuida de cada detalhe, do planejamento ao preparo, para que seus clientes experimentem a gastronomia como afeto, praticidade e bem-estar. “Sempre amei a adrenalina da cozinha profissional, mas agora me encanto pela cozinha que acolhe. A gastronomia sempre me escolheu. Sem ela, eu não seria quem sou.” Instagram: @jupersonal_chef @_jucosta.araujo_/

A história de Kelly, criadora do Gostosuras da Kelly, é daquelas que nascem no aconchego da cozinha e crescem embaladas pelo afeto. Desde muito jovem, ela encontrava na culinária um espaço de expressão: preparar bolos caseiros para o lanche era mais que rotina, era um ritual de aconchego. Mas foi entre 2015 e 2016 que a confeitaria deixou de ser apenas um hobby para se transformar em propósito. Sempre que havia aniversário na família, era ela quem assumia o comando da festa ao preparar o bolo. “Eu amava!”, relembra. E foi justamente esse amor que, pouco a pouco, começou a ganhar forma profissional. Morando no Rio Grande do Sul, recebeu de uma amiga o primeiro pedido pago e, junto com ele, o susto de não saber quanto cobrar. Ainda assim, mergulhou na experiência. A partir dali, algo mudou. De volta à Bahia, sua irmã foi a grande incentivadora: criou um Instagram para divulgar os trabalhos e, quase de repente, as primeiras encomendas começaram a surgir. Cada bolo entregue era uma nova confirmação: a confeitaria era o seu caminho. Com dedicação, Kelly buscou se especializar, concluindo um curso técnico de confeitaria de nove meses e, depois disso, somando capacitações que aprimoraram seu estilo, sua técnica e, principalmente, sua identidade como artista do sabor. Hoje, Kelly celebra uma trajetória marcada por esforço, desafios e muitas doces vitórias. Suas criações seguem um princípio que ela carrega como assinatura: ingredientes selecionados, técnica apurada e um toque de amor que transforma as receitas em memórias afetivas. Em cada bolo que sai de sua cozinha, há mais que estética e sabor, há história, entrega e a alegria de fazer parte das celebrações de tantas pessoas. “Sou grata por ver o público abraçar meu trabalho com tanto carinho”, diz a confeiteira, que segue apaixonada pelo ofício e firme em seu compromisso de levar arte e afeto a cada produção artesanal. Instagram: @gostosurasdakelly

Ribeirão Preto (SP) - A história da personal chef Thaynara Tosetti, 32 anos, é marcada por resiliência, fé e reencontros afetivos com a cozinha. Filha de Silvio e Fátima, chef de cozinha executiva, ela cresceu acompanhando a rotina da mãe em hotéis e restaurantes, experiência que moldou os primeiros traços de sua identidade culinária. Ainda criança, observava encantada o trabalho da mãe e experimentava os pratos criados com cuidado e técnica, memórias que, anos mais tarde, se tornariam fundamentais para sua reconstrução pessoal. Casada com Diego e mãe de Isabell e Gael, Thaynara construiu carreira sólida na gestão de varejo ao longo de 14 anos. Porém, em 2020, sua vida mudou drasticamente quando perdeu a irmã mais velha, Fabiane, conhecida carinhosamente como Nani, vítima da Covid-19. A tragédia abalou toda a família. Thaynara assumiu o cuidado de Isabell, filha da irmã, enquanto Fátima mergulhava em uma grave depressão. No mesmo período, Thaynara também perdeu o emprego. Foi então que um convite aparentemente simples, preparar um almoço de aniversário, reacendeu uma chama. Apaixonada pela cozinha, ela viu na oportunidade um caminho para ajudar a mãe a retomar o ânimo. Ao lado da mãe e do marido Diego, criou o Buffet Donna Nani, homenagem à irmã. O trabalho cresceu e evoluiu para o Donna Nani Bar e Restaurante, mas dificuldades financeiras levaram ao fechamento do estabelecimento e vieram as inseguranças. Em 2022, tentou retomar a carreira formal, porém o destino insistia em guiá-la de volta aos alimentos. Um evento contratado por engano, em que ela e Diego foram chamados por equívoco de contatos, revelou-se decisivo: os clientes ficaram encantados e passaram a indicá-los. A agenda começou a crescer, mas, enquanto isso, a saúde de Fátima se agravava silenciosamente. Em dezembro de 2023, Thaynara enfrentou a perda mais dolorosa: a mãe morreu vítima de um câncer já em metástase. O luto desencadeou crises de pânico e Burnout. Uma suspeita de tumor abdominal agravou ainda mais seu estado emocional, até que exames confirmaram tratar-se de uma hérnia decorrente de uma cirurgia de emergência em 2021. Abalada, deixou novamente o emprego e passou meses tentando encontrar equilíbrio. A virada chegou em 2025. Uma permuta para assumir um pequeno salão devolveu-lhe contato direto com a cozinha. Descobriu a profissão de personal chef e sentiu que havia encontrado finalmente seu propósito. Investiu o que tinha: fez cursos, produziu fotos profissionais, comprou dólmã e iniciou a divulgação de sua nova identidade gastronômica. As primeiras oportunidades surgiram rapidamente. Mesmo enfrentando novos desafios, Thaynara afirma ter encontrado força renovada na fé e na união com Diego, Isabell e Gael. Eles passaram a frequentar juntos uma igreja do bairro, onde encontraram amparo e entendimento para as provações enfrentadas. Hoje, a empreendedora trabalha como personal chef, especialista gastronomia clássica e funcional, sente, em cada prato, a presença da mãe e a força herdada da irmã. "Quem eu sou: uma mulher de garra, fibra e resiliência. A cozinha é onde me refaço, onde posso me recriar e dar boas-vindas ao meu novo mundo. É na cozinha que está toda a minha força e a essência de quem realmente sou." Instagram: @thay.personalchef

Natural de João Pessoa (PB), Jane Karla transformou a paixão pela cozinha em uma história marcada por arte, amor e sabor. Embora a confeitaria nunca tenha sido um sonho planejado, a curiosidade sempre a acompanhou. Os primeiros bolos nasceram na cozinha de casa, feitos para familiares e amigos, e rapidamente conquistaram admiradores pelo cuidado nos detalhes e pelo sabor inconfundível. O incentivo decisivo veio em 2018, quando parentes a motivaram a atender encomendas para aniversários. O que começou de forma despretensiosa se tornou “uma loucura deliciosa”. Sem cursos, mas movida pela curiosidade e pelo desejo de aprender, Jane encarou a rotina intensa de produzir tudo sozinha, mantendo o trabalho artesanal que hoje é sua marca registrada. Sete anos dedicados exclusivamente à confeitaria, o segredo do sucesso está na combinação de ingredientes selecionados, qualidade, capricho e muito amor. Cada bolo entregue, especialmente os feitos em chantininho, sua maior especialidade, além das tortas, carrega um pedaço de sua história. “Cada encomenda é realizada com gratidão”, afirma. E é assim, unindo arte e afeto, que Jane Karla faz do próprio nome uma assinatura de sucesso, e segue consolidando sua marca na confeitaria, mostrando que, quando há dedicação, o sabor surpreende, suas delícias transformam os mais especiais momentos em acontecimentos inesquecíveis. Instagram: @saboresdakarla

Recife (PE) - Arte, amor e sabor, nessa essência se encontra o trabalho de Thetê Barbosa, cake designer que se consolidou como referência em bolos artísticos e especialista na técnica dos bolos em movimento, assim, transforma a confeitaria em espetáculo visual. Suas criações ultrapassam a definição de doces decorados: são obras comestíveis que despertam emoção e admiração. Thetê se destaca ao unir memória afetiva, inovação e rigor técnico. Seus bolos revivem sabores que remetem à infância, ao afeto, sem abrir mão da modernidade que caracteriza sua estética. Cada produção assinada por ela é, ao mesmo tempo, um convite à contemplação e à degustação. “Trabalhamos com sonhos. É um trabalho artístico que exige entrega total do profissional, que precisa fazer sempre o seu melhor. Nosso lema é: amor, sonho e sabor. Muito amor envolvido, o sonho do cliente é nosso. Sabor e beleza andam juntos”, destaca a cake designer. Da escolha minuciosa da matéria-prima ao acabamento final, tudo é conduzido com muito cuidado para que cada bolo carregue identidade, elegância e marque o momento da celebração. O padrão de qualidade, rigoroso e constante, sustenta o sucesso de suas produções e reforça sua posição de destaque ao aliar arte em cada criação artesanal. Os bolos de Thetê Barbosa são delícias que emocionam e encantam. Misturam técnica, estética e sabores que abraçam o paladar. Tornam-se lembranças afetivas, marcando momentos mais importantes. Em cada criação ela reafirma seu propósito: levar arte e amor em forma de sabor, transformando os bolos em movimento em experiências inesquecíveis. Instagram: @thete_barbosacakes

Jardim (CE) - A trajetória de Kaline Miranda, 27 anos, idealizadora da Dona Formiga, começou muito antes da marca ganhar nome e identidade. Natural de uma família empreendedora, ela cresceu observando a mãe produzir ovos de Páscoa tradicionais para vender nos mercantis da cidade. Assim, descobriu, ainda criança, que determinação e afeto também podem virar profissão. Ali nascia o espírito empreendedor que mais tarde daria origem ao seu próprio negócio. Em 2017, quando os ovos de colher se popularizaram no país, Kaline foi uma das primeiras a levar a novidade para sua cidade.  O sucesso imediato impulsionou o nascimento oficial da Dona Formiga. Mas ela logo percebeu que depender apenas da Páscoa não sustentaria o crescimento desejado. Apostou, então, na montagem de cestas de café da manhã. A iniciativa abriu novas portas: vieram os bolos, as cestas personalizadas, os presentes afetivos, um universo que ampliou o alcance e o propósito da marca. Naquele período, cursava Ciências Econômicas, mas a pandemia interrompeu seus planos acadêmicos. A pausa forçada coincidiu com o aumento da demanda por presentes e lembranças personalizadas, em meio a um cenário em que as pessoas buscavam maneiras de celebrar e demonstrar carinho à distância. Com criatividade e presença ativa no Instagram, a Dona Formiga ganhou visibilidade e conquistou novos clientes. Hoje, se consolidou em uma loja física dedicada a presentes especiais: cestas, buquês de flores, chocolates, plantas e itens personalizados. Nos fundos do espaço fica a cozinha da Dona Formiga, o coração pulsante da marca. É ali que nascem as delícias artesanais e onde ela ministra cursos e consultorias em bolos, doces e empreendedorismo afetivo. Empreendimento construído sobre coragem, criatividade e a inspiração materna que a acompanha desde a infância. E cresce, dia após dia, sustentada pelo propósito que define sua essência: transformar afeto em presente. Instagram: @d.onaformiga

A trajetória de Luciane, conhecida por todos como Lú, é marcada por um recomeço que misturou necessidade, coragem e descobertas.  Foi em um dos momentos mais difíceis de sua vida, quando o chão pareceu desaparecer, que ela encontrou na cozinha um caminho para reconstruir a própria história e garantir o sustento da família. Assim nasceu a Marmitinha da Lú, empreendedorismo que começou de forma modesta, dentro de casa, entre panelas, incertezas e muita determinação. Com recursos limitados, Lú iniciou a produção de marmitas acreditando que poderia transformar aquela iniciativa em algo maior. E transformou. Cada refeição entregue representava não apenas uma venda, mas um sinal de que o esforço estava dando resultado. Clientes voltavam, recomendavam e reconheciam algo que se tornaria o diferencial da marca: comida preparada de forma artesanal, personalizada e carregada de afeto. Ao longo do processo, enfrentou desafios que muitas mulheres empreendedoras conhecem bem, cobranças, medo, cansaço e momentos de pouco apoio. Mas também descobriu uma força que ainda não tinha percebido em si. Buscou formação, estudou alimentação saudável, microempreendedorismo e atendimento, e estruturou um negócio que hoje é referência em cuidado e personalização. Para ela, comida não é apenas nutrição: é acolhimento, transformação e uma ferramenta poderosa no processo de emagrecimento saudável. Anos após o início tímido, ela comemora conquistas importantes. Expandiu a produção, formou equipe e já entregou milhares de marmitas pelo Grande Rio e Niterói. Mais do que crescer como empreendedora, afirma ter crescido como mulher. A Marmitinha da Lú é símbolo da força do empreendedorismo feminino. Uma prova de que mulheres podem começar pequenas, mas levam consigo a resiliência necessária para transformar dificuldades em novas oportunidades. Para Lú, sua história fala de cozinha, mas também de fé, determinação e coragem. E, como ela mesma garante, ainda é apenas o começo. Instagram: @marmitinhadalurj

O primeiro bolo de Vania nasceu de um improviso, no ano 2000, durante uma excursão escolar em que cada aluno deveria levar um lanche. Sem nunca ter feito um bolo antes, ela recorreu ao livro de receitas emprestado da vizinha e escolheu a fórmula mais simples. Faltavam ingredientes, sobrava vontade. Ajustou a massa como pôde. O resultado? Um bolo de aparência modesta, mas de sabor surpreendente, e que conquistou todos os colegas. Dois anos depois, viu surgir a oportunidade de fazer um curso de doces e salgados em sua cidade. As primeiras fornadas eram dedicadas à família, adoçando comemorações caseiras. Em uma dessas festas, ouviu o incentivo que mudaria sua trajetória: “Mulher, um bolo gostoso desse faz pra vender!”. A provocação amiga acendeu um novo desejo, o de aperfeiçoar a arte da confeitaria. Em 2015, um curso de bolos decorados promovido pela APAE abriu caminho para uma formação contínua. Vieram certificações em decoração avançada, pintura em bolos, doces finos, personalizados e diversas técnicas de flores de açúcar. Vania mergulhou em cursos presenciais e online, sempre buscando novas combinações, texturas e ingredientes selecionados que pudessem elevar suas criações. Hoje, seu nome é referência. Seus bolos, reconhecidos pela estética delicada, sabor afetivo e refinada seleção de insumos, são presença garantida em casamentos, formaturas, aniversários, mesversários e confraternizações. A confeitaria não só transformou sua carreira, como também tornou possível a realização de um sonho: conquistar seu próprio espaço de trabalho. Uma cozinha onde cada bolo é mais que receita, é memória, técnica e emoção misturadas com a doçura que marcou desde aquela primeira aventura culinária.  Seu trabalho é um legado de arte, amor e sabor que encanta além do paladar. Instagram: @vaniabolos_decorados

Há quase uma década, Tatiane Souza encontrou na confeitaria mais do que uma profissão: descobriu um caminho de arte, afeto e reconstrução. Tati Souza Confeitaria Criativa nasceu de forma simples, ainda como Bela Doces e Salgados, quando deixou o emprego e decidiu transformar o gosto por doces em renda extra para sustentar a família e permanecer ao lado da filha mais velha, Isa, então com apenas quatro anos e enfrentando crises de bronquite. O que começou com uma pequena fritadeira e encomendas modestas rapidamente ganhou proporções maiores. As receitas caseiras, feitas com ingredientes selecionados e um toque de memória afetiva, conquistaram a vizinhança e impulsionaram o crescimento da marca. Porém, a pandemia interrompeu o ritmo acelerado: as festas pararam, as encomendas diminuíram e o marido de Tati precisou buscar emprego fora para manter a casa. Mesmo assim, ela não deixou de criar. Entre bolos, salgados e esperança, veio 2021 e o nascimento de Théo, seu segundo filho, que chegou ao mundo com uma lesão cerebral. O susto, a adaptação e o cuidado intenso quase afastaram Tati da confeitaria, mas o apoio fundamental do marido e o amor pela doce arte da confeitaria falaram mais alto. Ela seguiu, com nova força e os sabores afetivos que marcaram sua trajetória. Em 2024, buscando mais equilíbrio entre família e trabalho, decidiu reduzir o ritmo das grandes festas e inaugurou um delivery de doces, ampliando o alcance da sua produção artesanal. Hoje, de terça a sábado, seus bolos e brigadeiros chegam à casa de clientes que se tornaram fãs fiéis da marca. “Quem prova, ama”, conta orgulhosa. Com o olhar voltado ao futuro, segue firme na missão de espalhar carinho através do sabor afetivo que sempre esteve presente em sua vocação de propagar amor junto ao sabor mantendo viva a essência que transformou sua história em uma confeitaria criativa, acolhedora e repleta de significado. Seu trabalho é repleto de arte, uma referência que mostra a força de quem faz da confeitaria uma assinatura de carinho, qualidade, capricho e coragem. Instagram: @tatisouzaconfeitariacriativa