Normita: uma história de superação e sabor na cozinha afetiva

Em meio às incertezas de 2020, quando a pandemia paralisou o setor de eventos, uma empreendedora de Feira de Santana (BA) encontrou na cozinha uma forma de recomeçar. Até então, ela trabalhava ao lado do filho em um buffet. Com a pausa forçada, foi preciso reinventar o futuro, e ela decidiu fazer isso do jeito mais generoso que conhecia: cozinhando.
Nasciam, assim, as marmitas congeladas. Mais do que refeições práticas, elas carregavam o tempero da comida de casa, do cuidado diário, das lembranças que confortam.
O início foi modesto: duas linhas, uma voltada ao público fit e outra com pratos caseiros, preparados com o sabor da comida do dia a dia. Pouco a pouco, a proposta conquistou clientes fiéis, e a cozinha de casa se transformou em um espaço de produção.
O cardápio, sempre renovado a cada três meses, manteve a diversidade sem abrir mão da essência: comida feita com afeto. Esse mesmo afeto que, ao longo dos anos, deu identidade ao negócio e fortaleceu laços com quem consome.
Em 2024, lançou a terceira linha: a Linha Mar, dedicada a receitas com frutos do mar. Ela se uniu à Linha Fit e à Caseira Afetiva, nome que resume o espírito do projeto.
Hoje, cada linha conta com 10 a 12 sabores diferentes, atendendo desde famílias em busca de praticidade até jovens universitários de Salvador, que encontram nas marmitas uma recordação do lar durante a rotina de estudos.
O crescimento também chegou ao digital. Com um Instagram criado de forma orgânica, a empreendedora já reúne mais de dois mil seguidores, que acompanham de perto as novidades do cardápio e compartilham suas experiências — porque quem prova, sente mais do que sabor: sente cuidado.
Sozinha, na própria casa, ela construiu um exemplo de reinvenção. Sua trajetória mostra que, mesmo em tempos difíceis, é possível transformar desafios em oportunidades, e que a comida, quando feita com afeto, alimenta mais que o corpo: alimenta memórias, vínculos e esperança.









