O cheiro de biscoitos assando no forno pode despertar memórias da infância, tardes na casa da avó ou momentos inesquecíveis. Para Fátima Aparecida da Rosa, esse aroma ganhou um significado ainda mais profundo: foi o ponto de partida para uma transformação de vida. Em meio à luta contra a depressão, ela encontrou nos biscoitos não apenas uma ocupação, mas uma forma de expressar amor, arte e resiliência. Tudo começou de maneira despretensiosa. Enquanto trabalhava em um café, assim descobriu o prazer de preparar bolinhos. Em casa, sua paixão pela cozinha tomava forma em receitas criativas e cheias de sabor.  Foi a filha quem, com olhar atento e palavras de incentivo, acendeu a empreendedora: “Mãe, você faz tanta coisa gostosa, por que não começa a vender?” Com sua ajuda na divulgação e nas entregas, o que era um hobby se tornou um pequeno negócio – e um grande recomeço. “Cada fornada era um alívio”, relembra Fátima. Suas criações são obras de arte comestível. Em cada detalhe, há cuidado, dedicação e afeto. Desde 2021, ela se dedica ao aprimoramento contínuo, realizando cursos e criando campanhas especiais para datas comemorativas. E, em 2025, realizou um sonho: iniciar um curso de biscoitos glaciados, sua grande paixão. Hoje, Fátima não vende apenas biscoitos. Ela entrega memórias, aconchego e emoção. Seu trabalho é uma prova de que o sabor também pode curar, e que o amor pode, sim, ser sentido a cada mordida. Porque por trás de cada receita está uma história, e a dela é feita de coragem, arte e afeto.

A pandemia e a chegada da maternidade foram o ponto de virada na vida profissional de Mariane Sanson, ex-gestora de uma grande locadora de veículos, formada em Administração de Empresas. Após nove anos de carreira no setor corporativo, ela descobriu uma nova vocação ao planejar os mesversários do filho, em 2020. Foi nesse momento que Mariane teve o primeiro contato com os biscoitos decorados. A massa ficou por conta da mãe; a decoração, ela mesma decidiu experimentar. A princípio, era apenas uma forma de celebrar a nova fase da vida com mais afeto e criatividade. No entanto, as encomendas começaram a surgir e, em 2021, nasceu oficialmente a marca Biscoito de Casa. O nome carrega o propósito da marca: unir o sabor afetivo das receitas feitas em casa com o valor estético e artesanal dos biscoitos decorados. “Quis trazer o aconchego do lar para cada biscoito, mas com o cuidado de quem enxerga a confeitaria como uma forma de arte”. Durante dois anos, ela conciliou o trabalho com o novo empreendimento, até que em 2023 decidiu se dedicar integralmente à empresa. Desde então, estruturou um ateliê próprio, investiu em capacitação técnica e passou a atender encomendas personalizadas para diferentes ocasiões, como aniversários, batizados, casamentos e eventos corporativos. Cada biscoito é pensado para contar uma história. A decoração, feita à mão, transforma ideias e sentimentos em peças comestíveis, reforçando a proposta de oferecer não apenas um produto, mas uma experiência sensorial e emocional. Hoje, a Biscoito de Casa se consolida como uma referência em biscoitos decorados artesanais. Unindo técnica, criatividade e afeto, Mariane Sanson mostra que é possível transformar biscoitos em uma obra de arte — e uma mudança de vida em um projeto de sucesso. Gestora da sua própria história e de muitos clientes que encomendam seus biscoitos para celebrar momentos únicos. Em cada fornada, uma lembrança, em cada traço decorativo um toque de amor.

Sabor afetivo, arte, amor e propósito. É com essa combinação que Jaqueline Silva, da Multi Cakes, conquistou não apenas paladares, mas corações. Com mais de 20 anos de experiência na confeitaria artesanal, ela transformou sua paixão em propósito, e seu nome, em assinatura. Hoje, é uma das principais referências em bolos personalizados em Mogi Guaçu, especialmente pelos clássicos bolos retangulares e pelos delicados mini kits festa. Mãe de dois filhos, Víctor Hugo, 21, e Lohany Victória, 15, Jaqueline iniciou sua trajetória por necessidade, mas foi sua vocação que a fez persistir. “Não fui eu quem escolhi a confeitaria, foi ela quem me escolheu”. Tudo começou quando seu filho ainda era bebê. Na época, trabalhava em um hospital da cidade, mas o salário apertado a levou a buscar uma renda extra. Sem experiência, começou vendendo brigadeiros recheados. O sucesso foi imediato, e o amor pela confeitaria, inevitável. O grande marco veio quando decidiu fazer o bolo de 2 anos do filho. Para isso, se especializou, estudou e descobriu o talento que carregava nas mãos. Seus bolos, além de saborosos, carregam uma identidade própria: o cuidado com os ingredientes, o toque artesanal e o compromisso com a memória afetiva dos clientes.  Mas a trajetória da confeiteira é marcada também por grandes desafios. Em 2017, realizou o sonho da loja própria, mas, 45 dias após a inauguração, precisou fechar as portas ao enfrentar graves problemas de saúde: intolerância à lactose, sensibilidade ao glúten e uma severa alergia a amendoim, que chegou a levá-la ao hospital em estado crítico. Mesmo assim, Jaqueline não desistiu. A maior perda viria pouco tempo depois. Durante um breve momento fora de casa, ela teve seu lar invadido e viu tudo ser levado — inclusive os equipamentos da loja e a cachorrinha da filha. O trauma a afastou da confeitaria por quase dois anos. Mas o amor pelo ofício falou mais alto. Com força, fé e persistência, recomeçou. Reequipou sua cozinha, retomou as encomendas e reconquistou a confiança de antigos e novos clientes. Hoje, seu trabalho é sinônimo de requinte artesanal, feito com ingredientes selecionados, e com um cuidado que vai muito além da técnica: leva afeto, histórias e transformar as celebrações em momentos inesquecíveis. Na Multi Cakes, cada bolo carrega a alma de quem faz; e Jaqueline faz com amor. Um nome que virou marca. Uma marca que virou referência.

Joinville (SC) - Por trás do aroma doce e da textura delicadamente crocante das bolachinhas da Vó Juju, existe uma história de afeto, perseverança e herança familiar que começa há décadas, nas mãos de Jucelei, mãe de Kamilla, a responsável pelas criações encantadoras da marca. Tudo começou em União da Vitória, quando Jucelei trabalhava em uma fábrica de bolachas. Com o fechamento da empresa, ela decidiu seguir fazendo o que amava – mesmo sem receitas prontas ou tutoriais online. Foi na tentativa e erro, que ela desenvolveu a receita artesanal da massa de melado, hoje o carro-chefe da Vó Juju. A receita virou sustento da família por anos, especialmente nas épocas de Natal e Páscoa, quando os pedidos aumentavam. Assim, sempre manteve viva a produção das bolachinhas, atendendo clientes fiéis que atravessaram gerações. Kamilla cresceu nesse ambiente doce, ajudando nos detalhes das bolachas desde pequena, ao lado das irmãs. Mas foi apenas em 2017, depois de experiências fora da cozinha, que ela decidiu apostar de vez no negócio familiar. Na época, trabalhava em uma loja de roupas – sem se identificar com o setor – e resolveu, junto da mãe, divulgar as bolachinhas no Facebook. O sucesso foi imediato. Clientes antigos retornaram e novos surgiram. A demanda cresceu tanto que, em 2019, deixou o emprego em uma cafeteria para se dedicar integralmente à produção e, principalmente, à decoração das bolachinhas. Desde então, a Vó Juju se tornou referência em bolachas artesanais decoradas, com criações personalizadas para todas as ocasiões: aniversários, datas comemorativas e momentos especiais. Kamilla é quem cuida de cada detalhe artístico, enquanto Jucelei continua à frente da produção da massa original, mantendo viva a essência do sabor que conquistou gerações. Mais do que um empreendimento, a Vó Juju é um elo entre passado e presente. Cada bolachinha carrega consigo o sabor artesanal que resgata memórias afetivas, o cuidado de mãe e filha, e a doçura de quem acredita que propagar sabor também é uma forma de amar. Um sabor que resiste ao tempo, onde cada detalhe é pura arte e cada delícia artesanal conta uma história feita de capricho, dedicação e afeto.

O sabor sempre esteve presente na vida de Cristiane Bendassoli — ou, como é mais conhecida em Santa Rosa de Viterbo, Doce Cris. Mais do que receitas, ela carrega uma história feita de afeto, resiliência e empreendedorismo. Desde os tempos da antiga Feira da Praça do Fuim, no início dos anos 2000, até o atual sucesso das pipocas gourmet recheadas, sua marca se tornou uma referência de memória afetiva e qualidade na cidade. Tudo começou em 2001, quando Cristiane, com uma sacola térmica cheia de trufas e pães de mel, armava sua pequena mesa aos sábados de manhã na feira. Na época, levava a filha Vitória, então com três anos, no colo. “Usava sempre frutas frescas e ingredientes de primeira linha. Nunca abri mão da qualidade”, relembra. Do improviso da feira, veio o sonho da loja própria. Em 2003, abriu uma doceria na Rua Santa Catarina, ao lado da escola COC. Lá, além das tradicionais trufas, passou a produzir tortas, bolos de casamento e doces para eventos. No entanto, a permanência foi curta: mudanças familiares exigiram a saída da cidade e o fechamento da loja. A reviravolta veio em 2016 com as primeiras pipocas gourmet. Em 2017, Cristiane e a filha voltaram às feiras, desta vez na Feira da Mogiana, vendendo crepes e pipocas. No ano seguinte, investiram em um food trailer e passaram a circular por eventos na região. Em 2019, abriram uma creperia, lá também vendiam sucos , saladas e lanches naturais, mas a pandemia, em 2020, interrompeu os planos. “Tive crise de pânico, parei tudo por medo”. A retomada só veio em 2022. No ano seguinte, Cristiane se especializou em pipocas gourmet e, em 2025, investiu no primeiro carrinho próprio para festas e eventos. Hoje, suas pipocas recheadas, no balde, se tornaram uma verdadeira febre na cidade. “Graças a Deus, estou trabalhando muito. Todo mundo quer!”, comemora. Mãe, avó, esteticista desde 2009 e cuidadora da mãe em tratamento de C.A; a Doce Cris mostra que, apesar dos obstáculos, é possível transformar afeto em sabor, e sabor em lembrança. Seu nome virou referência: uma saborosa produção artesanal que abraça memórias afetivas e adoça a história de quem prova.

A história por trás das Bolachinhas da Mamãe vai muito além de uma simples receita. É um relato de amor, memória e transformação pessoal que começou ainda na infância de Raissa, quando a cozinha era o lugar mais mágico da casa. Ao lado da mãe e do pai, descobriu a alegria de preparar alimentos e, especialmente, veio o encanto da confeitaria, um universo onde sabores se tornam sentimentos e cada ingrediente carrega uma história. Formada em Naturoterapia e Fisioterapia, seguiu carreira na área da saúde, mas manteve viva a paixão pelos doces. Durante anos, foi a responsável pelas sobremesas nas festas de família. A virada veio com a maternidade. Com o nascimento do segundo filho e o apoio do marido, ela decidiu se dedicar integralmente à criação dos filhos e, sem saber, também a um novo projeto de vida. Buscando criar memórias afetivas com as crianças, Raissa começou a resgatar sabores da infância: bolachinhas com especiarias que remetiam aos Natais da sua infância. Aos poucos, as receitas foram ganhando forma, enfeites e identidade própria. De presentes a postagens em redes sociais, os pedidos começaram a chegar. Nascia, assim, a marca Bolachinhas da Mamãe, feita à mão, com arte e afeto. “Cada bolachinha tem todo o meu amor”. Hoje, dois anos e meio após iniciar sua jornada como cookier, já figura entre os destaques do cenário nacional. Ela foi finalista do concurso Cookier de Sucesso, ficando entre os 20 melhores na categoria individual e entre os 10 melhores em coleções. Realizada, seu trabalho celebra a afetividade por meio da confeitaria criativa. São bolachas que carregam detalhes delicados, sabores que despertam memórias e uma dedicação que transforma suas criações em uma verdadeira experiência. “Hoje eu tenho certeza: nunca foi ‘só uma bolacha’.” Uma assinatura autoral que alia, amor, arte e sabor. Raíssa faz do talento uma referência.

Em um mundo onde tudo parece correr depressa, os biscoitos de Bruna Moreira nos convidam a desacelerar e sentir. Feitos à mão, com cores suaves, traços delicados e um cuidado que vai além da receita, suas criações à frente da Biscoitaria Criativa são verdadeiras obras de arte comestíveis — e, acima de tudo, carregam memórias afetivas. Foi a partir do amor de mãe que tudo começou. Em 2023, ao preparar lanches criativos para a filha, com quatro anos, na época, Bruna teve a ideia de fazer lembrancinhas de Páscoa para as professoras da escola. “Fiz coelhinhos de biscoito, mesmo sem nenhuma técnica. Mas fiz com muito carinho. E foi um sucesso”. O que era um gesto de afeto se tornou uma virada de vida. Ao postar as fotos em sua rede social pessoal, ela recebeu dezenas de mensagens de amigos e conhecidos perguntando se vendia os biscoitos. A partir dali, decidiu apostar. Sem cursos, mas com muita pesquisa, testes e fé, ela deu forma ao que viria a ser seu novo caminho profissional. “Foi Deus que me deu esse dom. E eu confiei”, conta com gratidão. Aos poucos, os pedidos foram chegando: Dia das Mães, dos Avós, dos Pais, dos Professores, Natal... Cada data ganhou sua própria coleção de biscoitos personalizados. E, mais que doces bonitos, os clientes passaram a associar seus produtos a lembranças da infância, à cozinha da avó, a momentos especiais guardados na memória. Hoje, a Biscoitaria Criativa tem clientes fiéis em Taubaté (SP) e em diversas cidades do Brasil, além de encomendas que cruzam fronteiras e chegam até os Estados Unidos, pelas mãos de amigos e parentes de clientes que moram fora. Bruna é prova de que amor e sabor devem andar juntos — e que, com coragem, afeto e fé, é possível transformar biscoitos em arte, carinho e emoção.

Aos 16 anos, Deise descobriu nas artes manuais uma forma de expressar sensibilidade e criatividade. Hoje, com formação em Ciências Contábeis, funcionária pública e mãe de dois filhos, ela encontrou em um tipo especial de arte comestível um novo propósito: bolachas decoradas. Católica, dedicada à família e apaixonada por detalhes, Deise se encantou por esse universo há cerca de três anos. Desde então, não parou mais. “Fiz três cursos de especialização, cada um com duração de um ano, e continuo sempre estudando, testando técnicas novas e acompanhando tendências. É uma arte que exige precisão, paciência e muito carinho”, conta. Com cores que encantam, traços perfeitos e acabamento caprichoso, as bolachas são verdadeiras obras de arte. Elas fazem sucesso em festas infantis, sendo protagonistas como lembranças decorativas ou parte da mesa principal. Mas também têm conquistado espaço como presentes personalizados, cheios de significado. “É um trabalho que leva afeto. Cada encomenda carrega uma história, e eu coloco meu coração em cada detalhe.” Nos últimos meses, a artista viu seu trabalho ganhar visibilidade nas redes sociais, o que aumentou consideravelmente a procura. “Comecei a receber pedidos do Brasil inteiro. Tudo é embalado com muito cuidado e enviado pelos Correios”. Apesar de ainda não ser sua fonte principal de renda, ela tem um objetivo claro: “Até o início do ano que vem, se Deus quiser, quero viver dessa arte.” Mais do que um negócio, o que move Deise é a conexão que consegue criar por meio das bolachas. Em cada traço que desenha transforma arte em memória e leva beleza à mesa. É a doçura da vida, moldada pelas mãos de quem sabe transformar fé e talento em sabor.

Delicadeza, amor e requinte artesanal: assim pode ser definido o trabalho da confeiteira Juli, criadora da Suspirandooo, uma marca que há uma década encanta corações e paladares com seus suspiros artesanais. Seus doces são manifestações de afeto, obras de arte comestíveis feitas com ingredientes selecionados, atenção aos detalhes e, sobretudo, com uma história que aquece a alma. A Suspirandooo nasceu em 2015, de um gesto de puro amor materno. Juli, ao descobrir que sua filha tinha galactosemia, que impede o consumo de lactose e derivados —, decidiu transformar a condição alimentar em oportunidade criativa. Começou a desenvolver receitas sem galactose, para que sua filha também pudesse celebrar a vida com sabor, cor e alegria. O que começou como um gesto íntimo, logo se transformou em um projeto inspirador. Cada suspiro carrega mais do que açúcar e técnica: carrega propósito. A produção é totalmente artesanal, feita com dedicação minuciosa e um cuidado que se percebe no primeiro olhar, e se confirma na primeira mordida. São doces que não apenas derretem na boca, mas também despertam lembranças da infância, de festas em família. É a confeitaria como expressão de memória afetiva. O nome Suspirandooo se tornou uma verdadeira assinatura. Juli é hoje uma referência na confeitaria artesanal, conhecida por unir estética apurada, sabor surpreendente e sensibilidade em cada criação. Suas criações encantam em qualquer ocasião — seja em casamentos, aniversários ou encontros simples que pedem um toque especial. Com arte, amor e talento, transformou a sua história em uma marca que adoça outras tantas. Mais que confeiteira, ela é uma artista do sabor, e cada suspiro é uma prova disso.