Empreendedorismo feminino: importância e desafios

Contabilizei • 3 de setembro de 2022

O empreendedorismo feminino é um movimento que cresce no mundo inteiro. Fruto do avanço na garantia dos direitos femininos e no caminho à equidade entre homens e mulheres, traz, além da celebrada diversidade, uma quebra de paradigmas e uma desejável renovação no mundo dos negócios. É também fundamental para a geração de um ecossistema empreendedor que propicie o surgimento de novas empresas.


Mas, apesar do crescimento, há vários obstáculos ainda a serem enfrentados para que as oportunidades para homens e mulheres sejam equivalentes. Embora representem 52% da população, as mulheres ocupam posição de destaque em apenas 13% das 500 maiores empresas brasileiras. O empreendedorismo feminino colabora para a construção de uma sociedade mais justa na medida em que gera oportunidades de liderança para as mulheres. Assumir o próprio negócio é uma forma de empoderamento e de ascensão para cargos de liderança, com o potencial de colaborar para a modificação desse quadro de desigualdade. 


O empreendedorismo feminino compreende os negócios idealizados e comandados por uma ou mais mulheres e, também, as iniciativas de liderança feminina, incluindo a atuação das mulheres em altos cargos dentro das empresas. 


Empreender é uma atitude de determinação, coragem e inovação, seja para abrir seu próprio negócio, seja para ascender na hierarquia de uma empresa. 


Por que é fundamental estimular o empreendedorismo feminino?


A maior presença das mulheres nos negócios traz melhorias para a sociedade, para a economia e para as empresas. O empreendedorismo feminino desempenha um papel importante para reduzir as diferenças entre as oportunidades de crescimento na carreira para homens e mulheres. Além disso, favorece a diversidade de negócios, graças às perspectivas inovadoras identificadas pelas empreendedoras.


A oxigenação e as novas ideias de mulheres empreendedoras geram benefícios para a economia global e podem redefinir o futuro de serviços e produtos . Elas também são importantes para a estratégia das empresas. Sabe o famoso jogo de cintura e a tão necessária flexibilidade? São as conhecidas soft-skills ou competências comportamentais, extremamente valorizadas no mercado atual e facilmente desenvolvidas pelas mulheres.


Apostar na liderança feminina, portanto, auxilia na valorização de talentos de toda organização, além de promover uma proximidade com a clientela de grande parte das companhias, pois as mulheres são a maioria no Brasil. Segundo uma pesquisa da Organização Internacional do Trabalho, empresas que se preocupam com o impacto da diversidade de gênero na liderança contam com funcionários mais engajados e têm crescimento de 5 a 20% nos lucros. 


Outro fator que revela a importância do empreendedorismo feminino foi identificado em levantamento realizado pelo SEBRAE: as brasileiras empreendem, principalmente, devido à necessidade de ter outra fonte de renda ou para adquirir a independência financeira. Ou seja, o negócio próprio ajuda as mulheres a sustentar suas famílias e diminui ou, até, acaba com a dependência financeira de um companheiro, por exemplo.


Empreendedorismo feminino no Brasil


Segundo o SEBRAE, no Brasil, há 9,3 milhões de mulheres à frente de um negócio, sendo que 45% delas são chefes de família, ou seja, são responsáveis pela principal, muitas vezes, única renda de seus lares. 


Em comparação aos homens empreendedores, elas têm escolaridade 16% superior, mas, mesmo assim, seus negócios faturam 22% menos. Em 2018, por exemplo, os empreendedores brasileiros registraram um rendimento mensal médio de R$ 2.344,00, e as empreendedoras faturam, em média, R$ 1.831,00 mensalmente.


As mulheres representam 48% dos microempreendedores individuais (MEI) no país, se destacando em setores como beleza, moda e alimentação.


Quais os desafios do empreendedorismo feminino?


Para os homens, a principal motivação para abrir seu próprio negócio é a liberdade. Já para as mulheres, é necessário. Na sutileza desse dado, se revela o enorme abismo ainda existente entre as oportunidades oferecidas para as mulheres comparadas às dos homens. 


A maternidade e a dificuldade de se manter no mercado de trabalho, assim como a necessidade de sustentar a família solitariamente são realidades decorrentes da discriminação de gênero no mundo dos negócios.


Como já vimos neste texto, apesar de terem um nível de escolaridade 16% superior, as mulheres continuam ganhando 22% menos do que os homens empresários. 


Outro problema apontado pelo estudo do SEBRAE, citado acima, é que a taxa de conversão de empreendedoras” em “donas de negócio” é 40% mais baixa, pois as mulheres têm maiores índices de desistência em relação aos homens.


Enquanto 65% deles se tornam “donos de negócio” (mais de 3,5 anos à frente da empresa), apenas 39% delas conseguem evoluir até essa fase e consolidar seu negócio.


Além disso, é importante ressaltar que elas ainda pagam taxas de juros mais altas do que os homens (34,6% a.a. contra 31,1% a.a.), mesmo apresentando uma média de inadimplência menor (3,7% contra 4,2%).


Já a pesquisa Mulheres no conselho, publicada em 2018 pela Deloitte, mostra que apenas 8,6% dos cargos de liderança são ocupados por mulheres no Brasil — no mundo todo, a proporção é de 16,9%. Isso coloca o país na 38º posição do ranking global de liderança feminina nas empresas.


São muitos os desafios enfrentados pelas mulheres e, no meio corporativo, ainda precisam lidar com assédio e com preconceito, como ideias ultrapassadas de que são muito emotivas ou que não poderão se comprometer com a empresa se tiverem filhos. 


Segundo dados da Rede Mulher Empreendedora (RME), 53% das empreendedoras brasileiras têm filhos, sendo que a maioria busca por horários flexíveis que permitam conciliar as tarefas domésticas e a vida profissional.


Apesar de a participação do homem nas tarefas domésticas ter aumentado nos últimos anos, ela ainda está muito distante do peso que têm para as mulheres. Segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o trabalho “invisível”, não remunerado, que são os afazeres domésticos, significa cerca de 20 horas semanais para as mulheres. No Brasil, a participação do sexo feminino nos afazeres domésticos é de 92,1% contra 78,6% de homens. 


Dia do empreendedorismo feminino


Em função da importância do empreendedorismo feminino para diminuição das desigualdades, valorização da diversidade e contribuição para a economia, foi estabelecido pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 2014, o dia 19 de novembro como o Dia do Empreendedorismo Feminino. 


A ideia é atrair a atenção mundial para o impacto econômico e social do movimento, fortalecendo o protagonismo feminino. A iniciativa é coordenada pela ONU Mulheres, braço da entidade que tem como objetivo unir, fortalecer e ampliar os esforços mundiais em defesa dos direitos humanos das mulheres.


Exemplos de mulheres que nos inspiram


Se você pensou rapidamente em uma mulher empreendedora, muito provavelmente se lembrou da Luiza Trajano, da rede de lojas Magazine Luiza. Presidente do Conselho de Administração da empresa, ela passou por várias funções e transformou a empresa em uma das mais competitivas do setor varejista e, sempre, emprestando qualidades muito femininas à rede de lojas – empatia, defesa do empoderamento feminino, proximidade com clientes e muita sensibilidade às causas sociais e ambientais. 


Inovou ao criar um programa de treinamento para jovens negros, que foi alvo de críticas racistas, mas que não a demoveram do propósito de contribuir para a transformação da sociedade. 


Outra empreendedora muito conectada ao enfrentamento das desigualdades, é a escritora, professora Eliane Potiguara, que se destaca pela defesa das mulheres indígenas. Ela foi nomeada uma das “Dez Mulheres do Ano de 1988” pelo Conselho das Mulheres do Brasil por ter criado a primeira organização de mulheres indígenas no país: o GRUMIN ( Grupo Mulher -Educação Indígena) e por ter trabalhado pela educação e integração da mulher indígena no processo social, político e econômico no país. Em 1988, contribuiu na elaboração da Constituição Brasileira.


Já a empresária Ana Fontes foi eleita uma das 20 mulheres mais poderosas do Brasil, em 2019, pela revista Forbes, graças à sua dedicação em apoiar as empreendedoras do país. Nordestina e de origem pobre, ela usou seus erros e acertos na carreira para fundar a iniciativa Rede Mulher Empreendedora (RME), que já capacitou e apoiou mais de 500 mil mulheres interessadas em empreender.


Os serviços prestados pela rede e pelo Instituto RME são gratuitos, e a renda de Ana vem das consultorias prestadas a empresas. Dessa forma, ela conseguiu usar sua experiência profissional para mudar os rumos do empreendedorismo feminino no Brasil.


Se pensarmos em empreendedorismo digital, a blogueira Camila Coutinho é um sucesso. Em 2020, esteve na lista das vinte brasileiras mais poderosas da Forbes. O seu blog, Garotas Estúpidas, começou como uma brincadeira entre amigas e se transformou em um negócio altamente lucrativo, com crescimento comercial de 600% em 2020.


Exemplos de mulheres poderosas não faltam. Fundadora do festival de cultura negra Feira Preta, Adriana Barbosa começou com apenas 3 mil reais de patrocínio, em 2002, e, em 2019, movimentou R$ 1,5 milhão e seu evento já é considerado a maior feira de afro empreendedorismo da América Latina. 


Conhecida por ser a primeira mulher negra a ocupar o posto de CEO de uma multinacional no Brasil, Rachel Maia hoje preside sua própria consultoria de negócios – RM Consulting. Na sua trajetória profissional, em empresas como Tiffany e Pandora, foi reconhecida pela gestão humanizada, o que lhe rendeu cinco prêmios Great Place to Work de liderança.


Muna Darweesh fugiu da guerra civil da Síria, em 2013, e encontrou no Brasil a acolhida para ela e sua família. Com dificuldade de exercer sua profissão, professora de inglês, teve a ideia de vender doces árabes tradicionais e, hoje, está à frente do Muna – Sabores & Memórias Árabes, em São Paulo. 

Por Mestres do Paladar 18 de maio de 2025
Doces que carregam memórias afetivas, ingredientes selecionados e um cuidado artesanal que transforma cada delícia em lembrança inesquecível. Assim é o trabalho de Willyane Rocha, à frente da Doce Formiguinha, confeitaria que une arte, amor e propósito. A paixão começou em 2016, quando Willy aprendeu a fazer pão de mel para ajudar nas despesas do casamento. Vendia na faculdade e no trabalho, mas, após o casamento, a produção parou. Foi só na Páscoa de 2019 que a confeitaria ganhou nome, identidade e propósito, e o sucesso veio logo na primeira leva de pedidos. O que começou como hobby se tornou negócio quando uma amiga pediu lembrancinhas para o aniversário do filho. Novas clientes chegaram, e logo surgiram os pedidos personalizados com pasta americana, técnica que aprendeu sozinha e abraçou com paixão. Os desafios foram muitos: mudanças de casa, espaços apertados, dúvidas sobre seguir em frente. Mas a conexão com o trabalho e o carinho das clientes a mantiveram firme. Em 2024, Willy deixou o cargo de coordenadora para viver exclusivamente da confeitaria. Hoje, com um espaço próprio e uma clientela fiel, ela encontrou na Doce Formiguinha o reconhecimento que sempre buscou. E sonha em ajudar outras mulheres a encontrarem a mesma liberdade, fazendo o que amam. A empreendedora é uma referência na confeitaria artesanal, conhecida por unir arte, amor e sabor em cada criação. À frente da Doce Formiguinha, ela transforma ingredientes em delícias que despertam memórias afetivas e os melhores sentimentos. Suas criações não apenas celebram momentos, mas os tornam inesquecíveis, prova de que quando se trabalha com propósito, o resultado vai muito além do sabor.
Por Mestres do Paladar 17 de maio de 2025
Campos dos Goytacazes (RJ) — Do interior de Minas Gerais para o coração da confeitaria artesanal no Norte Fluminense, Stella Mares vem conquistando paladares e corações com bolos que vão além da estética e do sabor. Engenheira civil por formação, a mineira trocou os cálculos pela delicadeza do açúcar e encontrou, na confeitaria, sua verdadeira vocação. Instalada no interior de Campos, onde a lagoa abraça o campo e a simplicidade se mistura à sofisticação, Stella comanda uma produção autoral e afetiva. Cada bolo leva ingredientes de alta qualidade, técnica refinada e uma forte dose de emoção. Criações que evocam lembranças, despertam memórias e celebram a história por trás de cada produção. A proposta é emocionar. E essa emoção vem da combinação entre o artesanal e o afetivo. A empreendedora trabalha com receitas que respeitam o tempo e o cuidado. Em cada camada, há detalhes pensados minuciosamente, desde o sabor até a finalização estética. O resultado são bolos que encantam tanto pelo paladar quanto pelo significado. Nas redes sociais, especialmente no Instagram (@stella_marescake), a confeiteira compartilha não apenas seu portfólio, mas também sua rotina como mãe, mulher e empreendedora. Histórias de fé, maternidade, superação e cotidiano se entrelaçam ao universo da confeitaria, criando um diálogo direto e genuíno com seu público. “Acredito que nunca será só um bolo”, afirma. E essa crença se reflete na fidelidade dos clientes e no reconhecimento que vem alcançando, como sua recente presença no projeto @mestresdopaladar, uma curadoria que destaca talentos da gastronomia que unem técnica e autenticidade. Ao transformar talento, memória e afeto em receita, Stella Mares fez do próprio nome uma referência na confeitaria artesanal contemporânea, uma assinatura que representa não apenas sabor, mas verdade, identidade e emoção.
Por Mestres do Paladar 17 de maio de 2025
Em meio ao turbilhão de incertezas que o pós-pandemia trouxe para muitos profissionais, a empreendedora Sara, idealizadora da Incantare Confeitaria, descobriu um novo caminho, ou melhor, reencontrou uma paixão adormecida que hoje adoça a vida de diversos clientes. Em 2022, depois de perceber que a carreira na Nutrição, pela qual é formada desde 2018, já não trazia mais realização, ela buscou respostas. E foi na cozinha, entre formas de brownie, aromas de chocolate e memórias de infância, que encontrou o seu verdadeiro propósito. O início foi simples, quase despretensioso: amigos próximos provaram suas criações e insistiram que aquilo precisava ser compartilhado com o mundo. No primeiro Natal em que decidiu vender seus doces, o sucesso foi imediato. "Eu estourei de pedidos. Comecei do nada e me encontrei", relembra. Desde então, a Incantare Confeitaria tem crescido como uma expressão do que há de mais autêntico na confeitaria artesanal: dedicação, equilíbrio, qualidade e uma profunda conexão com as emoções. Cada criação é feita com ingredientes selecionados e pensados para proporcionar mais do que sabor: despertar memórias afetivas. “Quero que as pessoas sintam o conforto de um abraço, lembrem da avó, da infância, da casa cheia no fim de semana. Isso vai além de vender um produto, é sobre criar experiências afetivas”. Um dos diferenciais mais elogiados por seus clientes é o equilíbrio nos sabores. "Sempre escuto que meus doces têm a proporção certa de açúcar, que não são enjoativos. Esse cuidado é fundamental para mim. O doce precisa ser doce, mas também leve, prazeroso", destaca. A sensibilidade com o paladar se une ao conhecimento técnico: Sara é especialista em brownies, com formação reconhecida pelo MEC, um selo de qualidade que comprova seu compromisso com a excelência. Produção realizada com o mesmo amor do primeiro Natal, e a missão permanece clara: propagar arte junto ao inconfundível sabor de afeto.
Por Laércio Sanches 16 de maio de 2025
Desde 2017, a confeiteira Ana transforma ingredientes selecionados em verdadeiras obras-primas da confeitaria artesanal. À frente da Delícias Gourmet da Ana, ela começou sua trajetória na Páscoa, produzindo ovos recheados. Com o tempo, expandiu seu repertório com bolos no pote, trufas e uma variedade de doces que conquistam pela beleza e, principalmente, pelo sabor. “Comecei com os ovos de Páscoa e fui me apaixonando. Fiz cursos, fui me especializando, e nunca mais parei”. Hoje, produz desde os tradicionais docinhos de festa até criações sofisticadas para casamentos e eventos personalizados. Entre os destaques estão os bolos decorados com pasta americana, bolos de corte, trufas artesanais, doces gourmet e lembranças personalizadas — tudo feito com ingredientes de alta qualidade e uma dose generosa de carinho. O diferencial está no cuidado com cada detalhe: da escolha dos insumos à finalização estética impecável. “Eu trabalho com doces porque amo. Cada receita tem um pouco da minha história e do que eu quero transmitir: um gesto de carinho, muito sabor e memória afetiva”. Seja um bolo simples para um café em família ou uma mesa sofisticada de doces para um grande evento, as Delícias Gourmet da Ana têm o poder de despertar emoções e criar momentos inesquecíveis. Afinal, mais do que doces, Ana entrega amor em forma de arte e sabor.
Por Mestres do Paladar 16 de maio de 2025
Existem doces que alimentam o corpo. E existem aqueles que alimentam a alma. Na Doces & Guloseimas, cada receita nasce com um propósito: despertar memórias, emocionar, marcar momentos. É assim que Roksany Diniz vem construindo sua história — transformando ingredientes em experiências inesquecíveis. Hoje, seu nome já é reconhecido como uma verdadeira assinatura de qualidade, afeto e autenticidade. Combinando técnica artesanal, ingredientes selecionados e um talento nato, imprime em cada doce a sua essência: amor pelo que faz, arte no que cria e sabor que toca o coração. A paixão pela confeitaria começou de forma despretensiosa, ainda na época da faculdade de Direito. O que era apenas um passatempo entre os estudos foi se tornando parte de quem ela é. “Me formei em Direito, mas foi na confeitaria que me encontrei de verdade. Fui mais confeiteira do que bacharel desde o começo”, relembra com orgulho. Tudo começou na cozinha da casa da mãe, há quase dez anos. Desde então, a evolução foi natural: cursos, aperfeiçoamento, prática e uma vontade enorme de fazer dar certo. E deu. Há quatro anos, abriu o espaço físico da Doces & Guloseimas, que hoje é sua principal fonte de renda e também um pedaço do seu sonho realizado.  “Quando um cliente diz que um doce meu lembrou a infância, eu sei que estou no caminho certo”. Mais que uma profissão, a confeitaria se tornou sua linguagem. Uma forma de comunicar sentimentos, de transformar momentos corriqueiros em especiais. O sucesso mostra que quando se coloca o coração em cada etapa, o sabor fala por si, e fica para sempre na memória.
Por Mestres do Paladar 16 de maio de 2025
O que começou como uma simples busca por uma renda extra durante a maternidade se transformou em uma paixão: a confeitaria. Desde os primeiros testes de brigadeiros feitos com carinho, Janaína Furquim descobriu um talento que vai além da cozinha, ela cria delícias artesanais que despertam memórias afetivas, resgatam sabores da infância e tocam o coração. Hoje, à frente da Furquim Doce, ela transforma ingredientes selecionados em doces cheios de arte, amor e emoção. Antes de se dedicar aos brigadeiros, Janaina trabalhou por 12 anos em uma joalheria conceituada de sua cidade. Já sabia, porém, que ao se tornar mãe, não voltaria ao mercado de trabalho . Foi durante a pandemia, afastada por precaução, que seu caminho começou a mudar. “Sempre fui muito ativa. Mesmo com a rotina intensa da maternidade, sentia falta de produzir, de criar. Comecei a conversar com Deus, pedindo um sinal do que eu poderia fazer...”  E o sinal veio, em forma de vídeos de brigadeiros que apareciam repetidamente em sua tela no TikTok. Curiosa e intuitiva, decidiu testar as receitas para o aniversário de dois anos de sua filha. O sucesso entre os convidados foi imediato. Nascia ali não só uma marca, mas uma missão: adoçar momentos com sabores que emocionam. Sem nunca ter feito um curso, Janaína aprendeu tudo sozinha, na prática, testando combinações, ajustando receitas e ouvindo seu coração. “As pessoas perguntam se sou formada em confeitaria, e se surpreendem quando digo que não. Tudo o que aprendi foi no dia a dia, com dedicação e fé.” A Furquim Doce é hoje um reflexo da essência de sua idealizadora: uma mulher determinada, criativa e guiada por um amor genuíno pelo que faz. Seus brigadeiros têm textura impecável, sabores equilibrados e visual encantador. Cada detalhe revela o cuidado e o carinho que ela deposita em cada produção. Prestes a completar dois anos de existência, a marca já coleciona histórias e clientes fiéis. “Muitas pessoas dizem que ao provar meus doces, lembram da infância, da avó, de festas antigas... E isso me emociona demais. Meu maior presente é ver que consigo tocar as pessoas com aquilo que faço com tanto amor.” Mais do que uma confeitaria, é uma experiência sensorial. Uma celebração do sabor e da dedicação de uma empreendedora que encontrou na doçura sua verdadeira vocação, hoje seu nome é uma referência, sinônimo de excelência na arte de despertar memórias afetivas.
Por Laércio Sanches 15 de maio de 2025
Aos 28 anos, Mikaella Brito, fundadora da marca MB Doce Amor, é um exemplo inspirador de como a paixão e a fé podem se transformar em propósito de vida. Casada, mãe de dois filhos, cristã e graduada em Administração com pós-graduação em Gestão de Pessoas e Recursos Humanos. Foi ainda adolescente, aos 16 anos, que ela descobriu sua vocação no mundo doce. Seu primeiro curso de confeitaria, realizado pelo SENAI em 2013, acendeu uma chama que jamais se apagou. Desde então, mesmo trilhando caminhos acadêmicos em áreas administrativas, foi na cozinha que ela realmente se encontrou. “Mais do que uma profissão, a confeitaria é minha vocação. É onde meu coração mora”, afirma. Além disso, foi aluna olímpica pelo SENAI, participando da Olimpíada do Conhecimento em 2014 e 2015, e conquistando o 1º e o 2º lugar na categoria escola estadual, um reconhecimento que reforça seu talento e dedicação . Unindo organização, cuidado e um desejo genuíno de impactar positivamente a vida das pessoas, Mikaella construiu uma trajetória marcada por coragem e sensibilidade. Ao optar por deixar o regime CLT para empreender, ela fez mais do que uma escolha profissional: fez uma escolha de alma. “Acredito que, com fé e dedicação, é possível transformar paixões em um trabalho com propósito”. O trabalho da MB Doce Amor carrega em cada detalhe o toque artesanal e um olhar atento à qualidade. Utilizando ingredientes selecionados e técnicas apuradas, a empreendedora entrega muito mais do que bolos e doces: entrega memórias afetivas, carinho e histórias contadas através de sabores. “Cada doce que produzo leva minha fé, meu amor e um cuidado que vai além da estética. É uma extensão de quem eu sou”. Apesar dos desafios enfrentados ao longo da jornada, incluindo momentos em que pensou em desistir e retornar ao setor administrativo, ela nunca deixou de acreditar. “Foi Deus quem reacendeu em mim o amor por essa arte. Ele me lembrou que, quando colocamos o coração no que fazemos, tudo ganha sentido.” Hoje, a confeiteira celebra sua trajetória com gratidão e brilho nos olhos, especialmente ao falar dos doces personalizados — sua grande paixão. Para ela, essas criações vão além do sabor: são formas de eternizar momentos únicos, traduzir sentimentos e emocionar com beleza, criatividade e sensibilidade. Com o próprio nome transformado em assinatura de arte, amor e sabor, Mikaella Brito segue adoçando vidas com sua delicadeza e dedicação. A MB Doce Amor é mais do que uma marca: é um reflexo fiel de sua essência.
Por Mestres do Paladar 14 de maio de 2025
Sabe aquele sabor que faz a gente fechar os olhos, respirar fundo e, por um instante, voltar à infância? São essas delícias afetivas, carregadas de lembranças e sentimentos, que fazem da Ktiasu Confeitaria muito mais do que um negócio. Ela é o reflexo do talento, da garra e do coração de Cátia Lima, confeiteira de mãos habilidosas e alma sensível. Aos 39 anos, casada e mãe de três filhos, Cátia carrega em sua trajetória ingredientes que vão além da farinha, ovos e açúcar. Em sua receita de vida entram coragem, amor e criatividade. Sua paixão pela confeitaria nasceu em 2013, em um momento de dificuldade: sem conseguir emprego de carteira assinada por cuidar dos filhos pequenos, decidiu tentar algo com os R$ 15 que tinha na mão. Comprou os primeiros ingredientes e fez bolos de pote, vendidos de porta em porta — de bicicleta, com o filho mais novo no banco de trás. A cozinha de casa virou fábrica de sonhos. As encomendas aumentaram, vieram os bolos de festa, os desafios e as descobertas. O famoso bolo vulcão, criação que virou sucesso entre os clientes, foi mais um marco de sua jornada. Ao lado do marido, que desde o início esteve como parceiro e incentivador, Cátia foi construindo sua marca — com afeto em cada camada e dedicação em cada detalhe. Hoje, com doze anos de experiência, ela se especializou em bolos caseiros, bolos decorados, doces e também salgados. Mas o que diferencia seu trabalho vai muito além da técnica. Cátia escolhe ingredientes de alta qualidade, cuida do visual com olhar artístico e entrega, junto com cada sobremesa, uma história, um sentimento, uma memória. “Gosto de criar doces que façam as pessoas sorrirem, que tragam lembranças boas. Cada receita tem um pedacinho do meu coração”, diz. Em 2022, iniciou um curso de confeitaria para aperfeiçoar ainda mais seu ofício, mas precisou pausar os estudos diante das demandas familiares. Mesmo assim, ela não parou de sonhar. Quer abrir sua confeitaria própria e, principalmente, dar aulas para outras mulheres que buscam uma nova chance na vida, assim como ela. Para aniversários, casamentos, eventos corporativos ou aquele simples desejo de um momento doce, Cátia está pronta para adoçar a vida de seus clientes com sabor, beleza e alma. Na Ktiasu Confeitaria, cada pedido é feito com o que há de mais especial na cozinha: o amor.
Por Mestres do Paladar 14 de maio de 2025
Na Doceria Confetti, cada produção é uma peça de arte feita à mão, tudo nasce do talento e da sensibilidade de Theônnia Paiva, confeiteira apaixonada por transformar ingredientes em verdadeiras experiências afetivas. Com atenção aos detalhes e um cuidado artesanal, Theônnia faz questão de produzir tudo com ingredientes selecionados, afeto e personalidade. “Eu acredito que o sabor carrega memória. Meus doces não são só receitas, são lembranças doces da infância, das festas em família, do aconchego de casa”. A Confetti é sua marca, mas também sua assinatura. Com um estilo delicado e acolhedor, os produtos encantam tanto pelo visual quanto pelo sabor. O diferencial está no toque humano, tudo passa pelas mãos da criadora. Mas antes de conquistar paladares com suas saborosas criações, Theônnia seguiu um caminho bem diferente. Natural de Portalegre, no Rio Grande do Norte, vive em São Paulo há mais de 10 anos. Foi na capital paulista que construiu sua primeira carreira como auxiliar em prótese dentária (APD), profissão que exigia precisão e concentração, habilidades que hoje ela canaliza para a confeitaria. Foi em 2019 que decidiu mudar de rumo. Inscreveu-se em um curso de confeitaria e reencontrou a paixão antiga pelos doces, que já fazia informalmente para amigos e familiares. “Sempre fui a doceira das festas da família, mas nunca tinha imaginado que isso poderia virar uma profissão de verdade.” De lá para cá, o que era sonho virou empreendedorismo. E o que era apenas talento virou especialidade. A Doceria Confetti cresceu com base no boca a boca e hoje conquista uma clientela fiel, que valoriza o sabor caseiro, o toque artesanal e a emoção por trás de cada produção. "Não vendo apenas doces. Entrego emoção, memórias e afeto em forma de sabor."  Dessa forma, ela mostra que empreender é também uma maneira de contar a própria história, unindo amor, arte e sabor.
Por Mestres do Paladar 13 de maio de 2025
A história de Giselle Prado, mais conhecida como Ghi Prado, é daquelas que adoçam o coração antes mesmo de chegar ao paladar. À frente da Gula Confeito, ela transformou uma jornada marcada por dor e superação em um negócio que leva alegria, cor e sabor para festas e momentos especiais. Tudo começou em 2017, quando enfrentou uma perda gestacional e iniciou um longo tratamento para engravidar. Foram quatro anos de tentativas, até que, em plena pandemia, em 2022, seu maior sonho se realizou: nasceu a pequena Giullia, hoje com três anos. A maternidade, tão esperada e desejada, trouxe consigo um novo caminho profissional, e afetivo. “Eu queria fazer tudo no aniversário de um ano da minha filha. Por ela ser um bebê tão sonhado, eu quis colocar todo meu amor em cada detalhe”, conta. Sem nunca ter feito cursos na área, ela mesma criou os doces personalizados da festa. O resultado surpreendeu: os elogios não pararam, e os incentivos vieram de todos os lados. Foi ali que nasceu a confeiteira. Deixando para trás uma carreira de 13 anos como gerente de relacionamento em instituições financeiras, viu na confeitaria não apenas um novo trabalho, mas uma missão: levar doçura às pessoas. A saída do antigo emprego, logo após a licença-maternidade, foi o empurrão que faltava para ela seguir seu novo destino. Com quase três anos de atuação, Ghi consolidou a Gula Confeito como uma marca que entrega muito mais do que doces. “Trabalho com arte, com amor. Cada doce é feito com cuidado, com ingredientes selecionados e com um toque de afeto”. Além dos doces personalizados para festas infantis, a confeitaria expandiu seus serviços com festas na caixa, sucesso entre as escolas, além de papelaria afetiva, bolos decorados e bolos de corte. “A ideia é entregar a festa completa, do doce à decoração, com aquele toque único que emociona”. E os sonhos continuam crescendo. Até o fim deste ano, a empreendedora espera inaugurar seu próprio ateliê, onde poderá receber clientes, oferecer degustações e realizar pequenas comemorações, tudo com o carinho que sempre guiou sua trajetória. Assim, entrega muito mais que um produto: entrega uma história feita de amor, arte e superação. Afinal, para ela, a confeitaria é uma forma de expressar sentimentos e tornar os momentos ainda mais especiais.
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